19.3.15

Vai ficar tudo bem


Tem acontecido tanta coisa por estes dias. Umas mais significativas outras menos, mas tudo nos ajuda a relativizar e dar importância somente ao que é importante. A certeza é só uma «Vai ficar tudo bem». Uma Sexta-feira 13 é só mais uma Sexta vais ver. Nem sempre foi fácil connosco mas a verdade é que aquilo que nos une é maior. E enquanto procurava o presente ideal, descobri uma promoção de postais na Europa América e não consegui trazer só um. Trouxe postais do pai, da mãe, de Natal, dos namorados, e daqueles só porque sim. É bom mimar quem amamos. Aproveitar o tempo para estarmos juntos. E dizer «gosto de ti», sempre que podemos. Nunca é demais.   
 
Sabe tão ouvi-lo da boca do Afonso. Ele não tem problemas de expressão, enche-me de beijos, abraços e diz-me a toda a hora que me ama. Será que vai ser sempre assim? Aquele «Mamã sabes que eu te amo muito?» diário enche-me o coração. Ontem também me disse à noite «A mamã é infantil.» porque eu estava a inventar letra para a música que ele cantou de manhã e a divagar vezes sem conta e ele ria às gargalhadas e saiu-se com essa. A Mafalda partilha logo da opinião dele «Sim, a Vanessa até gosta de desenhos animados e brincar com os Invizimals.». Ontem li um artigo giro no Publico, que desejo que seja verdade sobre isto de brincar com os miúdos. Que nos aproxima deles que cria elos mais fortes. Dizia no entanto que a maioria dos pais já não sabe brincar. Os pais já não são criativos, já se esqueceram e frequentemente desculpam-se dizendo que têm coisas importantes de adultos para tratar e que não têm tempo. Dizia que a maior parte dos pais constrói uma torre da Lego e que depois de desistir se arrepende sente remorsos e canta o «atirei o pau ao gato». E eu fiquei orgulhosa de não ser assim. Eu brinco, eu canto e danço e até invento canções como a do nome dele. Eu tenho a imaginação de uma criança pequena e eles acham graça a isso. Confesso que não acho graça a lutas e tiros, e ele é rapaz e passa a vida nisso. Mas brinco muito e acho que o Afonso se tornou exigente, ele distingue por exemplo brincar de montar Lego. Eu posso estar uma hora dobrada no chão a montar uma esquadra e ainda não brinquei, só montei. E «Montar não é brincar.». Brincar envolve vozes, barulhos, história e aventura com princípio meio e fim.
 
Esta semana fomos à consulta de ortoptica, não houve grande evolução, vamos esperar mais uns meses, continuar a oclusão com os pensos, esperar o melhor. Esta semana também ganhámos novos inquilinos lá em casa, bichos-da-seda, 6, que a professora Dina levou lá para a sala para os meninos adoptarem. E agora é procurar folhas de amoreira aqui perto e também aqui esperar o melhor. 

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